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Entrevista com Chef Manuel Marques Pita Pires

 

Como melhorar o rendimento do profissional colaborador no restaurante e assim diminuir a rotatividade.

 

Chef Manuel Pita Pires, é português e grande admirador da cultura e do modo de vida brasileiro. Reside definitivamente no Brasil desde 2006 e dedica sua vida à cozinha e à gastronomia desde os 15 anos de idade.

Dentre as experiências acadêmicas e profissionalizantes destaca: Curso Superior técnico em Gastronomia e Gestão Hoteleira na Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Estoril – Lisboa/Portugal; Curso de Tapas e Petiscos Galegos na Asociación de Hostelería de Vigo-Espanha;Cozinha Tradicional Portuguesa na Escola de Turismo de Cascais – Lisboa; Curso de Cozinha brasileira e Risotos no SENAC Campo Grande/MS; Curso Profissionalizante de cozinheiro SENAC Campo Grande/MS, incluindo estudos nas seguintes área: Cozinha Regional (Mineira, Pantaneira, Baiana) / Cozinha Internacional / Cozinha Brasileira / Cozinha Japonesa / Confeitaria / Técnicas de corte / Higiene e Manipulação

 

MN: Com o crescimento do Setor da Alimentação ter os colaboradores mais tempo e comprometidos no restaurante ficou mais difícil?

Manuel Marques Pita Pires: Sim, há  uma grande procura e os profissionais são assediados por outras empresas, acho que o ponto esta na escassez  de formação profissional na área e a falta de comprometimento que muitas vezes se dá pelos baixos salários disponíveis para esta categoria.

MN: Em sua opinião, quando quem contrata ou vai contratar o novo colaborador para o restaurante deve ter quais perguntas pré estabelecidas para saber como vai retê-lo sem ter o "fantasma" de até quando posso contar com ele?

Manuel Marques Pita Pires: Perguntas como:Quanto tempo permaneceu nas últimas empresas e o que o levou a sair? Quais os motivos que o levaram a sair e o que faz se sentir desmotivado em continuar? Com algumas perguntas podemos aprimorar a forma de lidar com o profissional e com isso os manter incentivados a fazer um bom trabalho além de se sentirem bem e valorizados.

MN: Treinamentos ajudam no rendimento individual? E da Equipe?

Manuel Marques Pita Pires: O treinamento é a base para um bom rendimento tanto individual como coletivo. Favorecer a qualificação do profissional trazendo novidades e novas formar de procedimentos técnicos e operacionais sempre trarão resultados positivos para o desenvolvimento do trabalho melhorando o rendimento da equipe como um todo.

MN: Por que cada vez mais os profissionais devem se preocupar com a questão do rendimento seja individual ou como equipe?

Manuel Marques Pita Pires: Ao meu ver o objetivo de uma equipe na cozinha deve ser sempre avançar em termos de rendimento, um profissional que não se atualiza e não se preocupa com o seu rendimento corre o risco de ficar fora do mercado, pois sempre haverá alguém que poderá ocupar o seu lugar oferecendo mais comprometimento e qualidade renovada à empresa.

MN: De que forma ou de quanto em quanto tempo deve-se avaliar o rendimento do colaborador dentro de um serviço de alimentação como o do restaurante?

Manuel Marques Pita Pires: A avaliação deve ser feita diariamente em cada setor e discutida periodicamente com a chefia direta, permitindo detectar falhas e acertos, o rendimento individual e em grupo, apontando assim com mais facilidade os pontos que devem ser melhorados.

MN: Você acha que o contrante também deve fazer uma avaliação da sua performance para evitar erros como contratante e assim ter um melhor resultado profissional?

Manuel Marques Pita Pires: Claro! A auto avaliação é extremamente importante para um processo saudável no desenvolvimento de qualquer trabalho em qualquer estância.

MN: A alta rotatividade no Setor da Alimentação pode ser diminuida ou até mesmo evitada?

Manuel Marques Pita Pires: Pessoalmente eu acredito que a construção de um ambiente saudável deve contemplar, sobretudo, o diálogo aberto e relações horizontalizadas entre chefia e funcionários, fazendo com que os funcionários se sintam respeitados e valorizados no ambiente de trabalho, aumentando assim a produtividade e satisfação de cada integrante da equipe.

MN: Cada vez mais se ve profissionais dispostos a terem seu próprio negócio, isso dificulta em ter uma boa mão de obra no Mercado da Alimentação?

Manuel Marques Pita Pires: Não, a dificuldade de uma boa mão de obra esta na falta de investimentos por parte dos empresários do ramo e também a falta de oportunidades de formação profissional nesta área.

MN: Como buscar o equilíbrio entre contratar e treinar o colaborador para evitar a alta rotatividade no restaurante?

Manuel Marques Pita Pires: O treinamento deve fazer parte do cotidiano de qualquer empreendimento e deve estar aliado a métodos que incentive o funcionário, motivando- o à permanecer na equipe alcançando cada vez mais resultados positivos. Repeito e diálogo, valorização dos acertos, reconhecimento da pró atividade devem fazer parte deste contexto.

MN: Tendo a experiência de trabalhar em uma entidade que capacita profissionais, quais são as dificuldades que você mais vê serem recorrentes e que afetam o rendimento dos colaboradores?

Manuel Marques Pita Pires: O tratamento desigual e vertical entre chefes e funcionários, a falta de diálogo, e a baixa remuneração soa os fatores principais que levam um funcionário a buscar outras oportunidades de trabalho.

 

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Chef Manuel Pita Pires

Chef de cozinha e Gerente administrativo com vivência em posições de Alta Gerência nos últimos anos voltadas para gestão de negócios, em empresas e em diversos Setores. Com a carreira desenvolvida nas áreas de Gastronomia, Administrativa, Comercial e Operacional.

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